Se houvesse encontrado as palavras certas naquele tempo...
"És um tipo vulgar (e pensar que foste um deus). Tens pouca piada, até me custa a lembrar, o quanto me fazias rir, o coração descompassado e o formigueiro entre as pernas, um humor incendiário que me apetecia rasgar e devorar, num ímpeto pré-histórico. Quando bastava uma pilhéria, uma chalaça, uma laracha. O que escreves, lê-se. É assim mesmo: lê-se. Lê-se bem, como uma receita que queremos tentar, uma notícia de jornal, um anúncio, um letreiro de dentista, um sorriso ao canto da boca, de passagem. Mas pouco mais. Tempos houve em que te achei um quase génio da escrita mundana: vivo, provocador, uma invulgar destreza no entrelaçar de sentimentos proibidos, nos finais inesperados. Afinal, era apenas eu que não te esperava, que não te sabia assim, como és: vulgar, um tudo nada pretensioso, a exibires as letras como se um cachimbo ao canto da boca, um lencinho ao pescoço, um bigodinho cuidadosamente aparado, biqueiras reluzentes, o ego inseguro à espera do afago amoroso de terceiros. Apaixonada, imaginava-te um dom, e sonhava com a fatalidade de honrares a minha existência com o resto dos teus dias de excepção. Hoje, nem por nada quereria o óbvio tédio da tua vida, na minha. Excitava-me, então, a falta de pontuação, de maiúsculas, de vírgulas, de iniciativa, de um pouco de loucura. Uma roleta russa, perigosa, o jogo matreiro no qual descobria os teus significados ao virar de cada frase. Hoje, constato que és previsivelmente simpático, normal, um bocadinho entediante, até. Lamento, não te detesto, como decerto me preferirias: para mal dos teus pecadilhos, apenas me desinteressas. A cor dos teus olhos, afinal, não contém o mar, muito menos o céu: a cor dos teus olhos, não passa de uma composição genética de fortuito bom-gosto."
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Porque não te vais embora?
Achei-te esquecido e me apareces em sonhos... Não tinhas mais para me roubar? Não foi suficiente o tempo, a inocência e tudo o que te dei que tens de voltar no meio da noite, como um ladrão covarde? Já compreendi que não te posso apagar da minha memória, por muito que eu queira. Será possível, pelo menos, que fiques a um lado? Que passes pela tangente da minha vida?
Não quero saber de ti. Não quero lembrar aquele tempo. Não me quero dar o trabalho de te odiar, porque nem isso mereces. E pelo mesmo motivo, não me vou dar o trabalho de te perdoar. Mesmo quando penso que já passou muito tempo, que se calhar estava na hora de sermos adultos e deixar a raiva a um lado... mesmo aí... vejo-me novamente naquele jardim, vejo-me ao pé daquele autocarro, a chorar sem nenhum consolo, contigo ao lado sem mais nada para dizer... E então pergunto-me: como é possível perdoar? Como? Quando a única coisa que te pedi foi respeito e nem isso me soubeste dar? Quando tiveste a pouca vergonha de reabrir aquela ferida que foste tú que criaste, mesmo sabendo o tempo que demorou em sarar?
Não. Não posso perdoar. Nunca vou poder. Da mesma maneira que nunca consegui ouvir novamente aquela música que nos fez dançar numa noite de agosto. Não há em ti nem um bocadinho da pessoa que conheci, da pessoa que me apaixonou apesar de todos os seus problemas. Mas aquilo valeu, sim, valeu. Porque me fez crescer. Porque me ensinou a apreciar as pessoas que gostam de mim. Porque sem ti hoje não seria a pessoa que sou, nem teria descoberto a felicidade na que hoje vivo... sem que faças parte dela.
Gostava de que não existisses. Gostava mesmo. Mas existes. O consolo que tenho é que já não me consegues criar mais dor, porque não és ninguém. O único pesadelo que me resta de ti é que vives na minha memória. Porque não te vais embora?
Rescatado del Baúl de los Recuerdos IV: POR UNA SONRISA... UN CIELO!!
Quizá fue lo que debí hacer. Salir corriendo, dejarte ahí con tus problemas, con esas debilidades que nunca aciertas a describir, y que todo quedase en un bonito recuerdo. Pero dicen que soy una luchadora. Yo diría que, más bien, algo cabezota. ¿Imposible? Esa palabra no existe para mí. Prefiero seguir soportando la presión de esos que dicen que eres un caso perdido y que nunca lo conseguiré, antes que darme por vencida.
Puede que me cegara un poco: demasiada ilusión, demasiados planes, demasiados proyectos. Y las promesas dulces duelen más cuando son rotas. Aún así, lo importante es no pisar nunca el freno, ya sabes, eso que tanto deseas... Miedo me da pensar que, tal vez, hoy sea el día en que lo vuelvas a intentar, pero más miedo me da pensar que, tal vez, hoy sea el día en que lo consigas.
Prometo, que ya sabes que siempre cumplo, seguir poniendo un sol en ese cielo gris cada día. Prometo seguir estando dispuesta a escuchar tus lamentos y, sorpréndeme, también alguna alegría. Prometo continuar tan lejos, pero tan cerca... Prometo no marcharme cada vez que me lo pidas (¿cuántas veces van ya?) y seguir insistiendo. Y prometo encontrar para ti, sólo para ti, una buena razón por la que seguir viviendo.
Rescatado del Baúl de los Recuerdos III: DESEOS DE COSAS IMPOSIBLES
Siempre soñé con ella. Soñé tanto que no tuve tiempo de pararme a pensar en que eras tú el que estabas a mi lado. Deseaba que llegara la noche sólo para verla. Y me pasaba las horas muertas mirándola desde el balcón, alargando mi mano, intentando tocarla. “La deseo tanto...”, te repetí tantas veces.
Creí que lo hiciste por amor. Las últimas palabras que escuché de tu boca fueron: “Te traeré la Luna”. Y cuando desperté a la mañana siguiente y no estabas a mi lado, pensé que habías ido a buscarla. Pero sigo en mi balcón, noche tras noche, y ella, tan bella, tan radiante, continúa en el mismo lugar. Y tú no vuelves.
No imaginé que tendrías celos de la Luna, pero reconozco que es amor lo que siento por ella. Sin embargo, ahora te echo de menos. No fui justa, no me merezco la Luna. Anoche cerré mi balcón y hoy te suplico que vuelvas, porque he aprendido que hay sueños imposibles de cumplir. Te prometo que la próxima vez, tan sólo soñaré con las estrellas.
Rescatado del Baúl de los Recuerdos II: ROMEO Y JULIETA
Sintió que aquel olor ya no impregnaba su cuarto. Todavía con los ojos a medio abrir, se acercó al lugar en el que, hasta ayer, estaba aquel jarrón lleno de rosas blancas, sus preferidas. No pudo evitar que un escalofrío recorriera su cuerpo. Se miró al espejo y este se quebró de impotencia y lágrimas contenidas, de un grito ahogado que jamás llegó a salir de su garganta.
Al principio todo parecía una mentira más de una larga lista, pero esta resonaba ensordecedora en su cabeza. Tal vez porque fue la última. O tal vez porque fue verdad. Se dirigió al cementerio con un clavel en la mano. “Esta vez cumpliste tu palabra”, le dijo. Y colocó el clavel sobre aquella lápida que enterraba sus sentimientos más profundos, toda su juventud y todos sus proyectos de vida.
Se quedó allí con él, pero esta vez para siempre. Porque, en el fondo, adoraba sus mentiras tanto como le adoraba a él. Su cuerpo, casi inerte, se torturaba en su particular Romeo y Julieta. “¿De qué sirve la vida sin ti?”, musitó la florecilla. Y con las últimas luces del alba se marchitó. Como decía su canción: “Al cabo del tiempo habían crecido: un clavel y una rosa que se habían querido”.
Rescatado del Baúl de los Recuerdos I: RECUERDOS
Son sólo días que pasan. Es vivir envuelta en una rutina que me ahoga; ver pasar el tiempo sin poder hacer nada para que se detenga. Es darse cuenta de que los recuerdos quedan cada vez más lejos, que las cosas ya no son como antes y que nunca volverán a serlo.
Y no ser capaz de aceptarlo.
Será el recuerdo de tu sonrisa. Será tal vez el recuerdo de esa mirada que me penetraba, me atravesaba y me hacía sentir desnuda. O será quizá el recuerdo de tus caricias lo que me hace seguir estremeciéndome después de tanto tiempo. Pero me doy cuenta de que los recuerdos quedan cada vez más lejos, que las cosas ya no son como antes y que nunca volverán a serlo.
Y no soy capaz de aceptarlo.
Recuerdo aquel baile que se nos hizo eterno, las risas de los que nos rodeaban, la pasión descontrolada, la complicidad, los sueños... Aunque los recuerdos quedan cada vez más lejos, las cosas ya no son como antes y nunca volverán a serlo.
Y tú, ¿eres capaz de aceptarlo?
SAUDADES
Saudades!!!!
Palavra composta de quatro vogais e quatro consoantes, que quer dizer tudo e não diz nada.
Na saudade está o silêncio... será que se escreve saudades com S de silêncio?
Quem inventou está palavra?
Será que sabia quantos sentimentos existia neste conjunto de letras?
Por que não vontade louca de saber de ter de ver?
Por que não medo, insegurança, incerteza?
Por que não desejo de voltar....?
Será que o A de saudades é o A de Até breve?
Será que saudade é para rimar com felicidade?
Não!!!, Saudade rima com dor..., se rimar com felicidade seria a de reencontrar, mas aí já não é saudade, aí vira realidade...
E o U da saudade?
Será de ultimamente?
Será de únicamente?
Ou será um U de um urro de dor?
Saudades!!!!!!!
Palavra pequena para transmitir tantos sentimentos.
Não descreve nosso amanhecer sem você.
Não descreve as horas das refeições, nem daquele gostoso papos de fim de noite.
Não descreve tua cama vazia, nem meus sonhos em conflitos.
E o D da saudade?
Será de quanto em quanto tempo?
Será que por isto ele se repete?
Ou será o D do Dedo de Deus?
Mas que palavra é essa, que não descreve nada!!!!!
Não fala em afago, em carinho, em você
Não reflete teu rosto, nem teu sorriso bonito, com tuas covinhas na face que o fazia mais doce, mais perfeito.
E o E da saudades?
Será de estar junto?
Será de esperança?
Ou será de eu te amo?
Saudades, palavra tão pequena... mas poderia ter um acróstico, que cada vogal ou consoante teriam infinitas explicações, descreveria infinitos sentimentos, que molhariam lenços e fronhas....
Saudades!!!!!
Será de novo o S do silêncio?
Ou o S de sofrer?
Ou o S de Será?
Será que a palavra saudades, esta relacionada com sonhar?
Será que significa voltar?
Ou saudades é um eterno esperar........
Borboletas
Echo de menos Covilhã.
Realmente, echo de menos Covilhã... tal y como era hace un año. Echo de menos la Covilhã de la Erasmus, porque sigo yendo tan a menudo que son pocas las veces que tengo tiempo para echar de menos la ciudad en si. Pero echo de menos los paseos a la Facultad, las comidas en la cantina con los colegas, la residencia, las fiestas... en general, el ambiente Erasmus. Supongo que quizá yo soy la Erasmus que menos tenía que sentir esa "depresión post-Erasmus" porque soy la que más en contacto sigue con Covilhã... o quizá es por eso mismo por lo que soy quien más la siente, porque piso Covilhã... y no es lo mismo.
Sé que mi año de Erasmus no lo pasé muy integrada en el grupo Erasmus, que hice mi propia vida más que pasar todo el tiempo con los españoles y participar en sus aventuras. Pero hoy, no sé por qué, me he levantado y las he echado de menos a ellas: Laura, Carol, Mar, Lele y Julia. A pesar de no haber estado horas y horas con ellas, de no haber llegado a conocerlas tan bien como quizá me hubiera gustado o de no haber compartido sus viajes, adoraba saber que estaban allí, como mariposas que revoloteaban a mi alrededor, adoraba las charlas cada vez que me pasaba por el 20E o nos encontrábamos en la cocina, adoraba verlas aparecer en el Espaço y venir a pedirme las copas, adoraba las ideas originales con las que siempre sorprendían a todo el mundo.
Y hoy me he levantado... y las echo de menos.
Echo de menos las charlas y las horas de tren con Laura, aunque sea a la que más he seguido viendo (¿será por eso?) y, claro, la peluquería, lol!
Echo de menos a mamá Carol, cómo se sentaba a escuchar y siempre tenía palabras y consejos para todas las situaciones.
Echo de menos a Mar, sus dilemas amorosos, su manera de reir con el lol lol lol y su "que te lo diga Lele".
Echo de menos a Julia, su particular manera de hablar, la paz que transmitía, las luchas con su pelo.
Echo de menos a Lele, su cachondeo, oirla decir todas las noches borracha lo de que es alérgica al alcohol, las ensaladas.
Echo de menos vuestras risas, vuestras voces, vuestra presencia...
Os echo de menos, borboletas...
Nos momentos escuros...
... e quando mais preciso de ti, essa luz que me faz conseguir caminhar e ganhar forca para lutar.
... e quando melhor vejo quanto vales, quanto te amo e quanto nao posso viver sem ti, quanta dependencia temos criado.
... e quando mais lembro todos os bons momentos, para conseguir sorrir e ver tudo o que temos de bom.
... e quando mais agradeco que estejas ao meu lado, porque e facil as coisas estarem bem quando nao ha problemas, mas o verdadeiro amor demonstra-se com eles.
... e quando penso que tudo isto nao e um sonho, que esta a acontecer mesmo, amar-nos assim, desta maneira tao forte.
... e quando mais lembro as coisas que me dizes que eu mais gosto de ouvir: "nunca amei ninguem tanto", "nunca tive tanta certeza de ter encontrado a mulher da minha vida", "nao posso viver sem ti", "fazes-me tanta falta", "sou tao feliz ao teu lado", "completas-me como nunca ninguem o fez", "estou contigo na saude e na doenca, para sempre", "es perfeita para mim"...
... e quando mais reparo em que ja nao sou nada nem ninguem sem ti.
... e quando lembro todas as vezes que me pediste para casar contigo e rio a pensar: "ja falta menos!".
Nos momentos escuros, como este que estou a passar, amo-te mais do que ja te amo, preciso de ti mais do que ja preciso, tenho mais certeza na nossa relacao da que ja tenho.
E consegues por um bocadinho de luz a brilhar.
Obrigada por tudo o que estas a fazer por mim nestas semanas.
Amo-te tanto...
2006
E mais uma vez chega o fim do ano e o momento de fazer balanço... 2006... Como fazer balanço do ano que mudou a minha vida? Suponho que comecando pelo princípio. E o princípio, para mim, não foi o 1 de Janeiro, mas o 1 de Fevereiro, porque 2006 tem sido basicamente João... e o 1 de Fevereiro foi o dia que entrou na minha vida.
Aquele dia eu só pensava deitar cedo, mas a Carolina disse a frase mâgica: vamos al Chemistry? E eu, que adorava o lugar e não tinha voltado desde Setembro, estava pronta em 15 minutos. Nem reparei em ti. Foi a Carolina. E todas fomos até ao balcão para espreitar. O Slime e tu começaram a por shots para nós e depois de 3 ou 4 e de te fazer uma reportagem fotográfica, disse-te: trabalhas amanhã? Terminei a noite bêbada. Deste-me o teu numero e pouco depois roubaste-me um beijo e informaste de que moravas ai perto (lol). No dia seguinte apareciste no Espaço quando eu estava a trabalhar e levamos um banho de alcool da menina que achava ser a tua namorada e para ti só era uma brincadeira que terminou naquele dia. E eu: Desculpa lá, mas estive uma hora para esticar o cabelo! (lol). A noite terminou de uma maneira... original (lol) e dois dias depois aceitaste o meu convite para voltar ao Espaço. E cumpri com isso de oferecer uma noite melhor.
Depois fui de férias. Precisava de arrumar um passado que não me permitia ser feliz com ninguém. E fui até Gibraltar. E voltei com o coração livre, no melhor momento, e com aquela historia fechada. No dia que voltei, no Carnaval, fui trabalhar e quando sai estavas a minha espera. E chegou o mês de Março e o que começou na brincadeira convirtiu-se em noites no Chemistry se não trabalhava ou tu no Espaço quando o fazia. E também se convirtiu em isso de não aparecer muito pelas aulas, principalmente as de manhã! Chegou o momento em que descobri que estavamos a namorar porque o amigo do brasileiro te perguntou se eu era a tua namorada e tu respondeste que sim. Começei a gostar de verdade de ti aquela noite que fugiste da casa da... essa, porque querias estar comigo... e ela a te enviar sms que eu estava a ler! Mas reparei que estava apaixonada depois daquela bebedeira histórica que apanhei (que bem se dorme no chão do Chemistry!) e como cuidaste de mim -Bacardi 8 nunca mais!-. Depois disso, e quase sem saber, já estavamos a morar juntos e a partilhar quase tudo. Lindo mês de Março...
Adorei o teu aniversario, a cara no bolo de chocolate e ser o primeiro aniversario em muito tempo do que te consegues lembrar (lol). Adorei como te portaste comigo quando começou o stress no Espaço por eu ter um namorado que trabalhava na concorrência, dissendo que ninguem ia falar da tua menina e que se achava que tinha de deixar aquilo o fizesse porque nunca me ia faltar nada. Aquela noite foi a da tua grande bebedeira (numero 1). No dia seguinte disse-te que quando te embebedavas fazias umas declarações muito interessantes. Tu não te lembras e eu nunca te contei, mas aquela foi a primeira vez que me disseste que me amavas, e me pediste que me lembrasse daquilo porque se calhar não tinhas valor para o repetir sem estares bêbado.
Lembro com carinho como me vieste buscar quando fiquei doente e me levaste para casa para não ficar sozinha na residência. Foi o tempo em que os dois deixamos de trabalhar tanto e descobrimos o maravilhoso mundo das noites juntos que começavam muito antes das 6 da manhã. Fizeste-me tremer, quando disseste ter medo por estarmos a namorar sabendo à partida que eu ia embora. Disso tinha gostado uma das putinhas do Chemistry (Então, Sol, quando vais embora?) Uma de tantas... Todas putas!! Gostei de te ter ao lado no meu jantar de finalistas, da força que me deste e as vezes que disseste que estavas muito orgulhoso de mim. Chegaram os dias nos que eu ficava em casa a estudar à noite enquanto tu trabalhavas ou ia deitar cedo para estudar de manhã e acordavas-me docemente quando voltavas de trabalhar. Curti a noite no Fundão na que me pediste que fizera qualquer coisa para voltar depois do Verão porque isto era bom demais como para o perder. E a piscina de Erada, brincando na água (lol). Foram fixe as tres semanas que estive de férias depois de terminar os exames, nas que passei as 24 horas do dia contigo.
Nunca esquecerei o 17 de Julho, o meu último dia em Portugal, quando me tinha de despedir de ti sem ter a certeza de quando ia voltar (só sabendo que voltava porque para isso deixei uma mala na tua/nossa casa). Guardaste a minha fita de finalista até ao último momento e chorámos os dois quando li que me amavas e que ias ficar à minha espera. Fica gravada a tarde tão linda que passei contigo na serra (e brincar no telecadeira, lol!) e como te ver chorar na Guarda como um puto quando saiu o meu comboio fez-me chorar até entrar pela porta da minha casa... em Espanha (coitado o homem que vinha comigo no comboio e esteve 4 horas sem saber que fazer para que parasse de chorar!). E depois ligaste-me varias vezes a chorar e eu também chorei como nunca.
Logo lembrei-me de passar o mês de Agosto a passear pela Europa (olha tu que ideia!), com a cabeça nos Açores, porque o único momento do dia que fazia sentido era quando falavamos. Mas as coisas do trabalho avançaram e quando voltei para Espanha já sabia que era só uma semana e depois voltava para Portugal. Adorei o dia que te vi outra vez e fizemos as mudanças para a nova casa, arrumámos o nosso novo quarto... E como sempre, só te preocupaste de me tratar bem e de que tudo fosse perfeito, e levaste-me a morar um mês na casa da tua tia em Lisboa. E abriste-me assim as portas da tua familia, porque também depois começei as conversas por telefone com os teus pais (lol!), o primo do teu pai perguntou-me pelo casamento (lol)... Começámos a descobrir coisas novas (Lisboa!!) e o nosso amor tem-se feito mais forte em cada passeio pela capital, em cada golfinho e em cada peixe grande (lol). E também em cada sexta-feira romântica que me tens oferecido, especialmente aquela na que fechaste os meus olhos e levei-me uma surpresa ao descobrir um jantar com velas e um banho de espuma. Arranjámos um T0 só para nós num lugar chamado Azambuja, onde temos nossa cama grande, ouvi a canção que sempre me cantas (paixãaaaaaao...) e fizemos amigos que ainda devem estar à nossa espera no Valverde com outra das tuas grandes bebedeiras (sem comentarios! Mas já sabes que nunca mais entras em casa até depois da segunda vez... lol!).
Estiveste ao meu lado no pior momento do ano, quando recebi a noticia da morte do meu pai. Fica muito dentro de mim a maneira na que me abraçaste, na que me deixaste chorar no teu peito. E fica muito dentro que o Slime demorasse só 5 minutos em nos emprestar o carro e que tu viesses comigo até à Espanha. Não chegaste a conhecer ao meu pai, mas tenho a certeza que desde onde ele estiver, vai adorar saber que estou com uma pessoa tão maravilhosa como tu.
E chegou Dezembro, e o dia 8 foi o mais importante da nossa relação, porque tu também arrumaste o passado e deste-me uma das melhores noites que já passamos, quando nos fartámos de dançar, de nos abraçar e de nos beijar. E disseste que me amavas mais do que nunca e passamos o fim-de-semana todo a trocar declarações de amor (e a minha amiga espanhola que nem acreditava!). Pelos vistos concordaste comigo em que tinhamos poucas fotos e decidiste fazer-me um book no lugar onde um dia de 2008 vou estar com a tua mãe, as duas a chorar porque o nosso menino se fez grande (lol). E tiramos uma fotinho juntos para oferecer aos teus pais como prenda de Natal! :D Fizeste-me chorar de felicidade, coisa que nunca tinha feito, quando, entre outras muitas coisas, disseste que por primeira vez tinhas a total certeza de ter encontrado a mulher da tua vida e que essa era eu (porque sou mesmo o teu numero). E falamos (mais uma vez) dos Açores, e eu disse-te que não interessava onde, nem como, nem quando, que só interessava que o que tiver de ser, fosse contigo. E adorei como terminou aquele fim-de-semana, quando ao sair o meu comboio abri o livro na pagina na que tinha ficado e encontrei um papelinho que tinhas deixado lá dizendo que me amavas.
Gostei da nossa não ultima noite juntos de 2006, com o jantar do meu não aniversârio, que quase não me deixaste cabecas de camarões (parvo!!). Foi diferente passear à noite (a sim última) de carro por Lisboa uma hora: Camarate! Camarate! Camarate!, com os teus primos, a tua tia: estejam a vontade que aqui não se ouve nada; a manhã no aeroporto (está complicado voar aos Açores, está... lol!).
Foram tantos os momentos divertidos, as pequenas coisas que fizeram destes 11 meses um ano perfeito! As vezes que nos fartámos de rir com as coisas proprias de cada lingua (as aulas de anatomia em português -tomates???-; truz, truz! O dia que decidi beber para afogar as penas; cómeme el coño -o el conejo- y hazme una mamada); a aranha assim de grande; o dia que o Slime me trouxe as algemeas. Ser a mulher do João da Albertina do Teofilo e do Jose do João... (não sei escrever a última!). Ter muitus mimus agura; Little John. Porquinho! A minha mãe a dizer que és tão giro!!! A roupa tua que começo a acumular e que utilizo com tanto prazer embora fique grande. A roupinha da cama e os pés quentes com as pantufas da tua avó e da tua tia. Desenhar no mapa as nossas casas dos Açores, da Covilhã, da Azambuja e de Valladolid. Os 5 de sempre na serra e como se me parou o coração quando quase te matas ao descer! Vou pensar no teu caso; a estrelinha na árvore de Natal...
E assim termina 2006. E o melhor é olhar para trás e ver que tem sido tudo perfeito. Que de 365 dias, mais da metâde tenho dormido ao teu lado, abraçada a ti. Que não temos conseguido chatear-nos mais do que 15 minutos... e não muito a sério... E que só espero que 2007 seja, pelo menos, assim de bom!! AMO-TE TANTO!!!